Digital twin, da ficção para as prateleiras

No cenário das possibilidades oferecidas pela Transformação Digital, um conceito vem ganhando adeptos no mundo empresarial, o digital twin — ou gêmeo digital, em português.

Com o digital twin é possível criar uma réplica virtual e fiel de um objeto ou processo e esse modelo digital conseguir fornecer todas as perspectivas e dados importantes sobre a utilização, com uma representação dinâmica e com a qual é possível interagir.

Ainda que estejamos longe disso, o conceito foi retratado pelo mundo virtual do filme Matrix (1999) e de outras produções fictícias que anteciparam as possibilidades da utilização de simuladores para interação experimental.

Num embate sem mocinhos ou bandidos, mas de mercados com eficiência e concorrência, essa tecnologia disruptiva e parte do processo da transformação digital pode fazer o seu produto sair da prateleira. Acompanhe no artigo.

Piloto de provas tecnológico

Segundo uma pesquisa da ADS Reports, a previsão de expansão dos digital twins é significativa para o mercado global. A tecnologia deve atingir US$ 48,2 bilhões até 2026, com uma taxa de crescimento anual de 58% no período.

A alta adesão demonstra que os gestores compreenderam o salto significativo que o uso dessa tecnologia representa para as empresas aprimorarem os seus produtos.

Não é por menos. Ao permitir uma visão antecipada do objeto físico espelhado virtualmente, o uso de gêmeos digitais reduz custos, garante a segurança de processos que envolvem risco, melhora a eficiência de produtos ou sistemas de produção e cria oportunidades de negócios.

Com o uso de digital twin, profissionais de diversas áreas conseguem dimensionar com exatidão como será o resultado de um projeto ou processo e todo o seu ciclo de vida, a partir de uma espécie de simulação num ambiente controlado para testes.

No ambiente de negócios, a tecnologia Digital Twin oferece maior agilidade aos processos representados, principalmente durante o planejamento de um produto ou sistema.

É possível produzir diagnósticos, previsões e feedbacks que alimentam o planejamento e a simulação pode contar com variáveis mais ricas e diversas.

Tudo isso deve ser realizado num ambiente em nuvem, capaz de armazenar e processar o grande volume de dados, com o uso de IoT, inteligência artificial, analytics e machine learning.

Antecipar acontecimentos, reduzir custos e melhorar processos

Uma das principais vantagens do gêmeo digital é a assertividade oferecida pelos resultados da simulação em condições reais de operação.

Os gestores podem selecionar com maior segurança o que desejam colocar em prática, alocar recursos com maior sucesso e reorientar processos.

Outro benefício do uso estratégico de dados sobre determinado produto e sobre o nível de satisfação do cliente, é identificar o potencial desses itens no mercado. 

A tecnologia permite minimizar falhas e desperdícios de recursos e novas metas podem ser estabelecidas, favorecendo o aumento da produtividade.

É possível saber exatamente a performance e capacidade de rendimento daquilo que se deseja testar por meio do digital twin.

A visibilidade do ciclo de vida de produtos, operações ou processos é realizada da maneira mais precisa possível.

Além desses aprimoramentos, eles possibilitam o desenvolvimento de novas features à experiência do usuário.

Os insights e informações permitem uma visão em tempo real da evolução do item simulado, o que garante também uma maior durabilidade das soluções.

É inequívoco, portanto, que a evolução dessa tecnologia tende a aproximar ainda mais a relação entre os mundos físico e virtual, com mudanças importantes nos processos industriais e comerciais e, sobretudo, na vida de todos nós.

A despeito da distância com a realidade distópica de Matrix, as tecnologias da Transformação Digital vêm nos mostrando sua importância nos cenários desafiadores dos novos tempos. O Digital Twin é o nosso oráculo com o poder de previsão no mundo simulado.

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